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VIAGENS - TRAVELING a Portugal

Como a maioria dos aventureiros, a ideia de ser nómadas é algo que entra na razão do nosso mais oculto ser animalista, e entramos por campos inexploráveis, procurando uma razão pelo nossa existência. O viajar por terras desconhecidas visitando capitais, cidades, aldeias, ou a natureza. Tornou-nos seres humanos, mais curiosos e aventureiros e experimentar sensações ou vivências do qual queremos sem as querer. Quantos vezes já disseste, que adoravas viver em um sitio ao largo das tuas viagens, mas acabas por ser sedentário.

Inês - tuk tuk driver/guide in Lisbon +351963703881

Ao longo da minha vida conheci, várias pessoas nómadas, no sentido literal da palavra. Pessoas que chegaram, e partiram. Estavam de passagem, sem quererem um trabalho ou amarrarem-se sentimental a um sítio a uma cultura. Apenas pararam, descobriram e partiram. O trabalho era apenas um. Conhecimento. Mas como viviam? Era simples. Todos os restaurantes precisam de ajuda, então o trabalho deles consistia apenas em, lavar pratos, chão e casa de banho, dormindo em quartos emprestados. Durante uma semana ou duas. Encontrei estes nómadas, numa fase menos boa da minha vida, quando trabalhei no campo na vindima. Nos dias de folga exploravam tudo em redor, e com o dinheiro que ganhavam das semanas de trabalho, partiam á descoberta de novas vilas, aldeias, cidades. Bebendo assim da cultura e embebedando-se dos segredos guardados a sete chaves das pequenas culturas rurais, tornando-se por vezes professores catedráticos e dando lições aos mais jovens habitantes dos mesmos. Claro nunca foi nem será nunca bem visto pelos olhos dos habitantes mais jovens, por se sentirem ignorantes, e acharem uma certa arrogância alguém de fora saber mais do que eles.

Mas quando vives numa Capital tudo isso muda um pouco a “ignorância” cultural de alguns jovens são partilhadas com o mesmo entusiasmo dos turistas, ou mesmo serem mestres e professores, da cultura da cidade. Quando falo da ignorância, falo de uma ignorância, escondida pelas histórias seculares nelas envolvidas, aquelas que não prestamos atenção na escola. Mas no verão passado, Setembro 2019, voltei a redescobrir a velha Lisboa, acompanhado com a minha irmã, cunhado, sobrinho e a minha filha mais velha que é espanhola. Apanhamos um destes Tuck Tuck, com uma jovem, de alegria apaixonante e uma cultura fora do normal, levando-nos assim a sítios normais para os turistas mas com uma particularidade, levou-nos a alguns recantos da cidade de Lisboa que só os naturais conhecem. Inês, a nossa Driver/Guide, sempre com um sorriso e uma chamada de atenção para pequenos pormenores, que passam desapercebidos pelo simples transeunte ou pelo mero turista que procura a História capital e não a história que o povo conquistou e conquista, e disso que faz dos portugueses um povo especial e raro no nosso planeta. A Inês foi uma dessas portuguesas genuínas, que nos subiu e desceu as colinas de Lisboa, de baixo de um sol escaldante mas refrescante pela sua sabedoria e alegria, ora falando em português ora em castelhano. Foi sem dúvida uma maravilha termos redescoberto a minha cidade com esta jovem, um bem-haja Inês até breve.




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